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Onde Morrem os Sonhos???

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Sabe quando você acorda com algo te incomodando nas ideias?
Algo te dizendo ... Escreve!
Pois é, hoje acordei assim. Mas falar sobre o que?
Esse algo então me pergunta?
Onde nasce a esperança e onde morrem os sonhos?
Eu gentilmente respondo:
_ Não sei, mas vou procurar descobrir.
O algo fica do lado como Sócrates tentando me fazer enxergar a verdade dentro de mim mesma, me conduzindo a " parir ideias" e eu então encontro um fragmento de verdade.
- Bem, a esperança nasce no incentivo e os sonhos morrem na noção de impossível.
O algo prossegue:
-O que é impossível?
-Tudo aquilo que não se pode concretizar. Digo eu
- Interessante colocação, mas há porventura algo que não se possa sonhar , por aparentemente não poder se realizar?
- Não, verdadeiramente não há.
Me ponho a contemplar a vida , minhas experiências, minhas vivências ... E me deparo com a fala de dois irmãos que foram meus alunos no EJA  no 3ª e 4ª  série. Um casal humilde, trabalhador e adorável
Diziam eles:
- Professora, eu quero me formar.
Sonho pequeno não?
É, bem pequeno, mas impossível pra eles!
Moravam na roça, muito longe da cidade onde havia ginásio, não podiam ir pela manhã que era o único horário que o transporte escolar era disponibilizado, por serem maiores e terem obrigações na manutenção do lar pobre. Restava lhes então desistir.
Vêem onde morrem os sonhos?
Bem, eles não deixaram o sonho morrer. Continuaram acreditando que algum dia seria possível.
O menino 3 anos depois de finalizar a antiga 4ª série esteve em minha casa pedindo ajuda pra conseguir a documentação pra ingressar no ginásio. Eu fiquei muito feliz, mesmo sabendo ser quase impossível pra ele cumprir aquela jornada a noite depois de passar todo o dia com uma enxada na mão debaixo de um sol escladante tentando tirar algo de uma terra seca. 
Pensei comigo:
- Tão jovem, apenas 19 anos eu não tenho o direito de matar os sonhos dele, mas tenho obrigação de plantar esperança em seu coração.
Sorri, o incentivei a prosseguir ( talvez nem eu acreditasse nisso).
Conseguiu então organizar a documentação e pode iniciar o ginásio, á duras penas ( talvez eu não conseguisse), mas  concluiu , ingressou no 2º grau e realizou um sonho.

Vocês me perguntam? Mas, não eram dois?
Eram sim... A irmã por ser mãe, mulher, dona de casa e trabalhadora rural  não conseguiu ingressar com ele naquela jornada tão cansativa e sobrehumana. Encontrei-a faz 2 anos na rua e ela ainda não tinha conseguido ingressar no ginásio.Falei pra ela não se preocupar, pois com certeza um dia chegava sua vez.
Nos despedimos e nessa semana ao sair da faculdade na cidade me deparo com aquela jovem de uniforme aguardando o ônibus á frente do colégio. Era ela!
Pensei:
- Como ficou bonitinha naquele uniforme que muitos vestem aos 10 anos e como a esperança á fazia ter aquele ar de menininha.
Lembrei o trecho da música que diz:

Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança 
Em cada um de nós, algo de uma criança
Não dá pra descrever a felicidade que me abriu o peito... 
Me aproximei, e conversamos brevemente. 
Ela está fazendo o 6º Ano á noite em meio a muita dificuldade, mas está.
Não há moeda de valor que pague a satisfação de saber que de algum modo sou agente nessa luta, como instrumento de incentivo na esperança de que os sonhos não sejam aniquilados.
Sorri pra aquela jovem, que tem a minha idade e disse:
- Viu, ( apontei pra faculdade) eu também estou conseguindo realizar meu sonho e também estou começando como você. Agente chega lá junto.
Onde morrem os sonhos?
Onde falta incentivo, coragem e fé de que se pode vencer mesmo sendo, sertanejo, agricultor, nordestino e pobre...
Onde nasce a esperança?
Na certeza de que nenhum fator dos citados acima nos torna menos dignos de realização pessoal e profissional.
Somos seres humanos e como diz a música 
É caminhando que se faz o caminho
Os sonhos realizam-se mais rápido pra uns que pra outros, mas isso depende apenas do progetar, do insistir, do acreditar e da obstinação e esforço pra um dia vir a dizer:
Eu Consegui!
Gi Barbosa

Eu sou Professor e vendo esperança

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 Me deparando com certas frases, afirmações e colocações de meus colegas de profissão espalhados pela internet em forma de indignação, resignação e revolta decidi escrever um pouco sobre esses sentimentos que as vezes nos envolvem e aos quais damos vazão,  sem medir as consequências,  espalhando pela rede ideias e  conceitos de que nada  vai mudar e estamos fadados ao fracasso.
Enquanto professor eu preciso tomar consciência do que sou, preciso aprender a amar, preciso crescer, preciso deixar a minoridade e passar a ter noção da proporção das bobagens que espalho pela internet e pela vida .
A internet é um espaço livre, eu posso escolher devotar meu tempo á tecer críticas perjorativas ou falar asneiras em msn e sites de relacionamento ou me conter e observar aquilo que escrevo humanamente e medir qual ensinamento estou passando e qual meu chão teórico pra colocar certo ponto de vista;  e além disso saber que como estamos em um espaço democrático e aberto podemos vir a ouvir críticas para as quais não estamos psicologicamente preparados pra aceitar e argumentar racionalmente.
Enquanto professor não posso simplesmente receber um E-Mail de alguém que se diz indignado com questões sociais como Bolsa Família, cotas pra universidade e outros programas de governo e encaminhá-lo a mil outras pessoas como verdade absoluta, sem avaliar a veracidade do conteúdo que me foi passado e sondar sobre qual seria a contribuição dele pra sociedade. Isso não quer dizer, em hipótese alguma que o professor não deva tecer críticas construtivas ao governo e as instituições que não cumprem seu papel social, ou em seu horário de lazer  sorrir, contar piadas, bater papo no msn,  interagir nas salas de bate papo, brincar com situações reais e cotidianas, curtir uma bela foto, enviar um scrap fofo, se irritar com alguma situação alheia á sua vontade ou que contraria aquilo em que acredita.
Minha colocação é para que comecemos a analisar profundamente aquilo que lemos na internet e vemos através dos meios de comunicações que se dizem imparciais, mas tentam incutir suas verdades em nossas mentes. Nós não somos marionetes e devemos procurar compreender  o que somos, quem somos e por que somos, livres do pensamento manipulador de alguns. 
Não sejamos alienados, não nós que temos por profissão auxiliar na formação de indivíduos críticos e conscientes enquanto sujeito construtores e construidos pela sociedade.
Não nos deixemos alienar e observemos  que aquilo que sai de nossa boca não é uma verdade absoluta e que talvez ainda não tenhamos base pra sair escrevendo sobre determinados assuntos.
Vamos nos conter e tomar a parcela que nos cabe só expondo nossa opinião com propriedade e de forma adequada no momento oportuno.
Vamos fazer uma pequena análise...
Tentemos dar resposta pra seguinte pergunta:
Eu sou um ser esclarecido?
Eu alcancei a maioridade ou ainda tenho atitudes de criança?

Immanuel Kant(1724-1804) publicou o seu artigo “O que é Esclarecimento?”:


Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento.
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha (naturaliter maiorennes), continuem no entanto de bom grado menores durante toda a vida. São também as causas que explicam por que é tão fácil que os outros se constituam em tutores deles. É tão cômodo ser menor.


Analisando esse fragmento de um artigo que deveria ser lido por todo e qualquer educador que sente a necessidade de a cada dia melhorar sua prática pedagógica e embasada nele, me aproprio do conceito de maioridade, me nego a aceitar  como válida qualquer colocação sem antes avaliá-la, testá-la, e comprovar que tem subsidios e que por tal é de procedência confiável e pode ser repassada aos demais como uma das expressões da verdade, sendo que não existe ( á meu ver) uma verdade absoluta.

Sabe qual minha análise diante de tudo que venho presenciando através de observações diárias de afirmações redigidas por alguns colegas de profissão?
Estamos com nossa insatisfação e frustração matando sonhos e enterrando nosso potencial, mas precisamos  ter a compreensão que ...

Enquanto professor não podemos nos dar ao luxo de deixar de crer na educação de nosso País
Enquanto professor não podemos  nos dar ao luxo de impor nossa opinião.
Enquanto professor não podemos  olhar as situações de forma unilateral
Enquanto professor não podemos  nos dar o direito de perder a esperança
Enquanto professor não podemos acreditar que nossas  atitudes infantis não influenciam na formação de nossos aluno e podem conduzí-los ao fracasso ou ao sucesso.
Nós, professores, somos vendedores de esperança, disseminadores de ideias, seres potencias capazes de transformar vidas começando pela nossa Nos  modificando, nos autoavaliando, nos esclarecendo.
E como vendedores ou mesmo doadores (se assim queiram colocar ) de esperança não podemos nos dar ao luxo de andar cabisbaixos por avaliar que não nos  é dado pelo estado, pela escola e pela sociedade o valor e reconhecimento merecido.
Em sete anos de jornada pedagógica afirmei inúmeras vezes  pra meus alunos e reafirmo agora pra vocês...
Só há algo realmente meu que ninguém pode tirar , e isso é meu conhecimento, por isso mesmo o considero não apenas importante, mas essencial em minha vida, contudo  não esse conhecimento tirado das páginas amareladas de um livro que por muitas vezes sendo inexato se modifica, mas aquele adquirido em sala de aula e na vida.
Ao longo dos anos entrei em contato com pessoas das quais extrai algo valioso, lições de vida, de esperança e de superação  e vibrei de alegria. De outros ficou apenas a imagem  daquilo que não quero ser. Pessoas  que não satisfeitas em matar seus sonhos, descarregam também via internet ou mesmo na vida real sua amargura a fim de aniquilar os sonhos dos jovens que desejam e acreditam poder mudar o mundo.
Palavras são como extensão do professor, por isso cuidemos com nossos períodos de indignação, resignação e  ataques de cólera nos mantendo um pouco afastados das rodas de conversa e expondo menos nossa opinião quando não estivermos conseguindo ser imparciais.
Compreendo que se posso contribuir de forma boa o faço, mas se apenas no meu íntimo há revolta e indignação eu conto até dez, retomo o fôlego e refeita , saio por ai a semear esperança a fim de conseguir que,  ainda que não na proporção desejada,  viver em meio á uma sociedade melhor no futuro.
Eu sou professor, só posso me dar ao luxo de uma coisa nessa vida que é ...
Acreditar, mesmo em meio ao caos, a inversão de valores, os ataques da mídia, a desvalorização de meu trabalho, a crítica de meus colegas , o olhar superior daqueles que têm o conhecimento como nada;  que eu ainda posso,  se não mudar o mundo, interferir positivamente pra que aqueles que forem alcançados por minhas palavras  possam continuar tentando e enxergar lá adiante uma sociedade não apenas esperançosa, mas eslarecida.
Gi Barbosa

A Fera Devoradora de Mentes!

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 Quando se fala em contextualizar algo nos dá logo um frio na espinha, um tremor pelo corpo e o suor gelado escorre pela testa.
Parecemos gatinhos assustados diante da Fera que procura arrancar nossa cabeça fora. E as vezes ela quase consegue.
Quanta dor de cabeça temos quando nos propõem em inserir um tema dentro de determinado conteúdo e disciplina?
Quantos de nós desiste diante do desafio ou mesmo reclama por horas na hora do recreio?
Nos parece muita injustiça ter que fazer mais isso .
Bem, diante da dificuldade de muitos na elaboração de atividades dentro de um tema especificado em um projeto decidi elaborar o seguinte texto afim de ajudá-los nesse processo uma vez que por conta de o salário da classe ser um tanto quanto injusto não podem dispor de meus serviços ou de outros que tentam de alguma forma ajudar sendo ajudado.
Tomemos por base o Projeto Contos de Fada e observemos o que é necessário para que eu produza uma atividade explorando o tema dento do conteúdo especificado em meu plano diário.
1° Você precisa ter amplo conhecimento do tema.
Leia, faça pesquisas e anote o que considera relevante e enriquecedor dentro de sua sala de aula.
2° Analisemos qual conto pode ser bem trabalhado dentro do conteúdo Substantivo Próprio por exemplo e façamos a escolha adequadamente.
 Pinóquio por exemplo
3° Façamos a leitura minusciosa do exemplar e tentemos encontrar dentro dele as palavras e expressões que podemos utilizar ou reformular. ex: Pinóquio é um boneco de madeira. A palavra grifada é um substantivo próprio apesar de Pinóquio ser apenas um boneco e não uma pessoa. Dessa feita se gera uma dúvida inicial na cabeça da criança que aprendeu que nome próprio é nome de pessoa , rios, mares, oceanos. 
Em que posso questioná-lo, de que forma?
O que mais posso tirar dessa pequena sentença?
Pinóquio é um boneco . Boneco é um substantivo comum, pois boneco é o nome utilizado pra especificar qualquer boneco, mas Pinóquio é substantivo próprio. Por quê?
Por que ele é o personagem de um livro? E a sua boneca que nome ela tem ? Vamos escrever os nomes de suas bonecas e veremos que  também são nomes próprios, mas por quê?
Por que é um nome só dela.
Mas e a palavra madeira?
É um substantivo comum, mas de qual árvore  você acha que é essa madeira?
Pau- Brasil?
Olha só ... Pau-Brasil é um nome próprio como Jacarandá, Carvalho ... Que outras árvores vocês conhecem, que possamos listar?
Como contextualizar o conteúdo em matemática?
Pra fazer Pinóquio Gepeto utilizou 35 pregos,andando pela floresta pinóquio perdeu 12 pregos. Quantos pregos serão necessários pra Gepeto consertar Pinóquio?
E segue-se tendo ideias e organizando as palavras dentro dos enunciados de modo a alcançar seu objetivo, sempre inventando, recriando, reformulando ...
A dificuldade está em nossa mente, nas travas psicológicas que nos impomos. É certo que algumas pessoas tem mais dificuldade em lidar com as palavras, mas não há o que não se consiga com esforço e prática, afinal a prática leva à perfeição ou a quase perfeição ( rs)
Contextualizar trata-se de pensar e inteligente não é quem tem muitas ideias, mas quem consegue organizá-las, direcioná-las e torná-la útil.Você é inteligente? Então vai conseguir ornaizar seu conteúdo dentro de um tema proposto.
Foque na certeza de que sua prática pedagógica reformulada irá render frutos e não desperdice suas energias criticando o novo ou falando mal do antigo. O tema lhe foi proposto e parece absurdo? Estude sobre ele, se supere, aprenda a enxergar de outro modo. Não tem tempo pra isso?
Sempre temos tempo de pensar seja na rua, em casa, na escola, no coletivo ... Não encontramos tempo pra dizer que a orientadora surtou , que o diretor está maluco ou mesmo em pensar que a coodenadora se acha a maioral?
Desligue do mundo à sua volta e direcione sua atenção para o desafio proposto pelo diretor ou coordenador que pode parecer absurdo, mas que precisa ser executado.
Em todas as classes existe a hierarquia e se desejamos o respeito de nossos alunos devemos respeitar nossos superiores, procurando de forma pacífica e humilde influenciá-lo positivamente por nossas ações.
Será que virou algo corriqueiro eu dizer que você consegue?
Mesmo assim eu direi:
- Você é capaz !
Contextualização - Interdisciplinaridade -  Temas Transversais ...
Isso são apenas palavrões que não devem meter medo em ninguém.
Enfrente seus medos, passe por cima de seus preconceitos e alcance o sucesso! 
Muitas vezes nos sentimos gatinhos diante da grande  Leoa!
Sejamos gatinhos corajosos ( rs)  
Boa Noite
Gi Barbosa

Nascemos Professores - Uma Reflexão

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Ontem enquanto organizava algumas fotos de uma das escolas que com carinho auxilio através de meu trabalho parei um instante frente a tantas crianças  e como que sem explicação duas lágrimas rolaram pela face. Me contive voltei a separá-las, escolhê-las e olhando as crianças, a sala de aula, a equipe de professores pensei com o coração apertadinho, mas com um sorriso no rosto:
- Não nos fazemos professores através de um curso seja de magistério ou pedagogia. Nascemos professores!
Senão por  qual motivo nos veríamos necessitados de estar inseridos no processo educacional de seres tão complexos que não raro nos ofende, nos tira a paciência, nos faz chorar escondido...
Mas que ser é esse que também nos faz sorrir, nos abraça e sente um prazer indescritível em nos auxiliar por algumas horas?
Bem, eu não sei explicar, mas as vezes eu sinto essa necessidade de estar em sala de aula de fazer parte mais de perto, do contato humano, do calor que é transmitido por nossos alunos.
Como são observadores, encantadores e como nos irritam e nos provoca.
E não é que as vezes nós nos comportamos mais puerilmente que eles ... Nos pegamos em uma queda de braços com uma criança de 7 ou 8 anos ... Como somos criança em nossa essência.
Esta semana enquanto organizava a cozinha falava com uma de minhas filhas sobre uma colega de classe que tive.
- Ela seria uma professora maravilhosa! disse eu - Nasceu pra isso, tem o dom de encantar as crianças de fazê-las ouvir de ensiná-las ... Mas ela nunca conseguiu formar-se, na verdade perdeu no último ano já com estágio feito e por fim desistiu. É cabeleireira, mas com alma de professor, vai fazendo e ensinando.
Ela não é professora, mas nasceu pra lecionar e faz isso com desenvoltura.
Quando você elogia sua comida ela pergunta se você quer a receita e já vai falando o passo a passo, se fala que seu cabelo ficou bonito ela corre pra pegar a tintura que usou e te mostrar como foi feito, mas os " profissionais" nunca enxergaram um professor dentro daquela jovem com uma certa dificuldade de aprendizagem.
Eu sempre a enxerguei professora!
Muitas vezes somos privados de exercer nossa profissão por favoritismo político ou por consciência sem alienação... 
É triste as vezes saber que pessoas sem amor algum pela profissão a exerce pelo dinheiro e faz isso de forma "profissional" enquanto os verdadeiros profissionais nascidos professores espreitam pela janela na ânsia de realizar o trabalho do qual ele tanto reclama.
O professor é mais que um profissional da educação. Ele é gente, ele é criança, ele tem a alma na infância e esse é seu diferencial.
Existe o profissional e o profissional amoroso.
É bem aquilo que Freire costumava dizer :
"...ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria."
"Não se pode falar de Educação sem amor "
Outro dia enquanto via um documentário sobre a vida desse educador e profissional amoroso ouvia uma de suas filhas dizer que ele não havia sido um pai presente, mas que nos momentos em que esteve perto foi de forma tão intensa que supria todos os momentos de ausência.
A maneira como suas filhas falavam sobre a educação era a maneira que ele mesmo falava .Tinham uma paixão tão imensa que mesmo de longe se podia perceber que seus corações queimavam.
Estou divagando?
Ah, eu sinto falta de meus momentos em sala de aula e as vezes eu choro por que não me é dado o direito de exercer aquilo que em amor foi gerado em mim desde que nasci, mas são apenas momentos de um choro contido e resignado, pois se aqui estou há algum propóstio e alguma utilidade e avante eu vou na certeza que muitos que se encontram no recinto escolar e que nasceram professores podem auxiliar e direcionar os que se fizeram profissionais.
Que suas férias possam ser iluminadas com a lembrança do sorriso de cada aluno, do auxílio de cada colega e da admiração que tenho por cada um de vocês que tiraram o foco de seus salários e conseguiram enxergar que o lugar que você ocupa é importante demais e que nem mesmo um milhão de reais pagaria um dia de amor derramado sobre a vida de uma pessoa.
Gi Barbosa

Quem de Vós é o Melhor?

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Parando em uma  tarde de sexta - feira 13 diante de meu ego inflamado por conta da aceitação que tem meu trabalho e da  probabilidade de alcance que terá em alguns anos  começo a me fazer certos questionamentos, afim de tornar ao estado de consciência e humildade que todo professor deve trazer consigo.
Teria sido eu mordida pelo bichinho da soberba?
Teriam muitos sido mordidos pelo bicinho da inveja?
Ou seria o bichinho da competitividade?
E chego a conclusão ;  retomadamdo a sanidade mental que:
 - Não tenho veleidades de ser a melhor. Não sou a melhor!
E pergunto-lhes:
Quem de vós é o melhor?
Minha prática em reuniões  pedagógicas e observação ao longo dos 7 anos em que estive em sala de aula pode me dar a dimensão do universo chamado educacional e cheguei às seguintes considerações.
Muitos professores ao reunir-se em grupo procuram não passar uma experiência a fim de que ele seja o único visto pela comunidade e alunos como melhor.
Mas quem afinal é o melhor?

Ser egoista, invejoso, prepotente, soberbo é próprio da natureza humana e isso qualquer um consegue ser e se praticamos coisas que todos facilmente praticam nem somos difrentes nem melhores, mas previsíveis e iguais.
Reclamar todos reclamam e falar até papagaio fala. 
Como somos pequeninos em nossos anseios ...
Houve épocas em que eu procurava estar no topo, procurava ser a melhor, mas como ser melhor sem compartilhar? ( pura bobagem)
O que seria do universo educacional sem a partilha de ideias experiências e material de cada um de nós?
Como posso reter aquilo que tem dado certo em minha sala de aula?
Como posso querer créditos por uma simples ideia que já esteve na cabeça de mil e foi publicada por um?
Quem afinal é o dono da ideia?
Muito do que produzimos e/ou falamos saiu da mente de alguma pessoa.
Outro dia enquanto produzia um texto usei a expressão:
- Eu vi um José na Bíblia.
Achei uma expressão maravilhosa!
Que ideia genial a minha!
Mas ao rever um velho DVD escutei o pastor Marco Feliciano falar:
 - Eu vi um Moisés na Bíblia!
E meu mundinho de ilusões caiu!
Boa parte daquilo que produzimos saiu da mente de outra pessoa, lemos em um livro a muitos anos ou ouvimos alguém falar. Ficou gravado em nosso sub-consciente e hoje ao lembrarmos parecemos ter encontrado a pólvora.
Nada é totalmente novo, absolutamente nada!
A moda de hoje esteve presente em épocas passadas e apenas foi reformulada.
A mini-saia que hoje veste nossas jovens esteve presente nos anos 60 , os cortes de cabelo, o estilo de maquiagem ... Tudo um dia esteve no passado.
Nada é totalmente novo!
Então por qual motivo devo me vangloriar se aquilo que faço partindo de ideias ditas " novas" esteve na mente de alguma outra pessoa.
Seria eu a melhor? Seria você o melhor?
Não há espaço pra melhores no universo educacional. Há espaço pra somar, compartilhar, auxiliar um ao outro.
Sua ideia e minha ideia transformam juntas nossas salas de aula . Sua ideia e a minha isolada pode vir a transformar apenas uma sala de aula.
É certo que existem pessoas com maior facilidade em produzir escritos, outras em fazer cálculos mentais, outras em realizar experiências científicas, mas o aluno não deve ser formado apenas na área que eu ou você dominamos. Ele deve ser instruido em tudo e por mais esse motivo não existe o melhor.
Freire dizia que há saberes diferentes e certamente estava certo.
Seria Freire o melhor?
De modo algum ... Outros virão como Freire com amor à profissão, dedicação, empenho e luta. Talvez até estejam ai no meio da multidão sem quem os enxergue.
Temos a tendência de valorizar pessoas após sua morte o que considero uma tendência dura e cruel.
Temos grande facilidade em criticar e isso falo com base em minhas observações.
Por exemplo:
Se algo está errado nós comentamos de modo extenso, julgamos ficamos indignados , mas se achamos algo é digno de crédito nos limitamos ao:
Amei!!! Adorei!!! Parabéns!!!
Não temos facilidade em elogiar o trabalho de alguém, pois muitas vezes o bichinho da inveja e do despeito vem nos dar uma mordidinha aqui e ali.
Quem de vós é o melhor me responda?
O mais graduado?
O que tem mais tempo em sala de aula?
O que é inovador?
O que tem idéias mirabolantes?
Respondo-lhes :
 -  Ninguém é melhor,mas juntos podemos fazer uma educação melhor.
Pense nisso.
Gi Barbosa

Ser Criança Ontem e Hoje!

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Mais uma vez pego a pena e o tinteiro
Papel o tenho pardo e liso, aspecto envelhecido como envelhecido está meu rosto.
Mas escrever sobre o que?
O que merece ser lembrado nessa hora sublime em que deixo o teclado pra pegar da pena e rabiscar algo?
Ah minha  tenra idade em que brincávamos todos a frente das casas de pé no chão. 
Quando crianças podíamos estar na rua até tarde a brincar de roda cantando ciranda ,pulando corda ou correndo feito desvairados.
Hoje tudo mudou, em lugar da terra o concreto,  das brincadeiras na rua uma sala e uma tv, a corda antes usada pra pular hoje parece prender a alma daqueles que saudosamente lembram-se que um dia era possível brincar sem ter medo pelas ruas da cidade.
Qual motivo de pegar hoje pena e tinteiro?
Saudades  apenas, ou mais que isso?
Vontade de regredir de mais uma vez sorrir sem tecnologia sem progresso que destrói, sem capitalismo selvagem...
Paro em meio a saudade e dor e posso ainda sorrir, pois uma classe ainda luta pra que a infância não se perca em meio  a tecnologia e progresso.
É possível  ser criança hoje também , respirar ar puro, brincar de roda no pátio da escola, ensaiar usar tinteiro e pena e rabiscar um mundo melhor.
Rosto envelhecido?
A alma é jovem sempre àquele que se permite jamais envelhecer
Amarras na alma?
Isso é para os fracos, a alma alimenta-se com sentimentos e jamais haverá um professor doente da alma cercado de crianças que sabem nutrir a alma humana com seu amor e afeição.
Regredir pra que,  se posso tornar melhor o mundo através de minhas ações?
Calar por que se posso gritar ao mundo que seja ontem, hoje ou amanhã que posso educar, auxiliar, amar e me permitir ser amada.
E como serei infeliz cercada de crianças que vêem o mundo maravilhoso mesmo em meio as adversidades.
Tragam a criança a nosso passado brincando com eles daquilo que você costumava brincar, mas se permita achegar-se ao universo dela e aprender todo o macete de se viver em meio a essa parafernalha tecnológica que te deixa maluca.
Nunca esqueça que pra uma criança o mundo hoje é maravilhoso como outrora era pra ti.
Permita-se ser feliz ao lado de seus pequeninos que muito têm a te oferecer, encharque sua alma de amor e seja feliz.
Gi Barbosa

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