Publiquei esse texto ano passado em meu blog de Educação, mas , como é muito particular também divido com vocês que por aqui passam pr saber um pouco de minha vida, de meu modo de ser, de pensar e de agir.
Existem coisas que só acontecem comigo!
Ontem a noite foi nosso último dia de aula na faculdade... Amiguinho da
onça, confraternização e a apresentação do Seminário do Semestre sobre
Deficiência Mental.
Bem, eu não vou dizer que fiz uma super produção para a ocasião pq
estaria mentindo, também não vou dizer que fiz uma produção pq seria
mentira de igual modo... Na verdade peguei um vestidinho do dia a dia,
coloquei meu chinelinho de couro prendi o cabelo no topo da cabeça com
uma presilhinha vagabunda de meio de feira e lá fui eu toda, toda como
diria a Carol rsrsrs.
VocÊ me pergunta?
E maquiagem?
Respondo com um desafio ...
Encontre qualquer coisa do gênero em casa e você ganha um milhão de reais.
Não tenho paciência pra me maquiar, nem sei como fazer, então ando de
cara lambida mesmo com minhas marcas de expressão bem a mostra e com os
fios de cabelos brancos que aos 29 anos teimam em aparecer.Aparecem e
ficam pq tbm não tenho paciência pra salão de beleza.
Prosseguindo... Peguei o ônibus e fui pra cidade apresentar o belo seminário.
Desci na frente do colégio e fui até a casa de minha prima encontrar
minha irmã que desceria pra faculdade junto comigo como acontece todo
dia... Pra encurtar a história ela não estava lá e eu desci sozinha
andando tranquilamente ( o que não é natural pq ando a passo largo e
ligeiro).
Pois bem, chegando perto da faculdade o meu chinelinho quebrou a
correia. Eu sem esbravejar nem nada pego o bendito chinelo ponho na mão e
sigo como se nada tivesse acontecido.
Chego na faculdade, começam as apresentações. Todos de cabelinho
arrumado, maquiagem, saltinho e eu de pé no chão literalmente. Isso
poderia ser a morte pra muitas mulheres, pra mim foi apenas mais uma
situação de piada...
Tomei a palavra chamei atenção pra meus pezinhos descalços e falei pra turma:
- Bem, pra se tratar um tema com inclusão é preciso ter os pés no chão, e
é como os meus estão hoje, literalmente, mas não pensem que estou
descalça por isso ... Na verdade o bendito chinelo quebrou mesmo e vocês
podem constatar isso olhando naquela lata de lixo no canto da sala. E
pasmem ... essa não é a primeira vez que isso me acontece! Ao prestar o
ENEM alguns anos atrás eu entrei com meu saltinho na hora em que os
portões iam fechar e bem no momento que ultrapassei a linha que separava
o lado de dentro do lado de fora advinhem o que aconteceu? Exatamente o
tamanco quebrou e eu fiz o Exame de pés no chão.E não fica apenas ai
uma vez que outro dia no Fórum aconteceu a mesma coisa, outro dia na
praça da cidade aconteceu novamente ... Portanto como sou veterana nisso
podem fotografar e vamos ao nosso trabalho.
Todos riram e o resto ocorreu assim, todo mundo chic e lindo e eu de pés no chão novamente tagarelando e rindo como de costume.
Você pode estar pensando que qualquer um quebra um chinelo na rua uma
vez na vida e isso é verdade, mas não conheço ninguém que não dê um
jeito de comprar outro ou tomar emprestado de uma colega pra não passar
ridículo.
Mas quando o meu quebra eu continuo descalça não importa a situação ...
Chinelo ta caro pra eu comprar outro sem pesquisar bem e achar um de 10
reais.
No mais, eu adoro mesmo ficar de pés no chão... Foi um ridículo delicioso!
Só mais uma coisinha ... Os pés da imagem não são meus é óbvio. Meus pés não são tão fofinhos e delicados ...
Gi Barbosa Carvalho
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